Família do piseiro
Minha tia, uma mulher super divertida, tem duas filhas, uma de nove e outra de dois anos. Essas meninas são terríveis, brigam o dia inteiro.
Minha tia, que não agüenta muito fuzuê, corta logo uma vara enorme e grossa e deixa ali por perto. Quando as duas começam, ela pega a vara e, pronto, acabou a briga.
Como a mais nova é a mais terrível, chega perto da mãe, fazendo carinha de inocente e diz:
- Dicupa, mãe! Dicupa!
Eu não agüento ver aquilo, acho muita graça e até choro de tanto rir.
Às vezes sobra até para meu tio. A tia mete a vara em suas costas e ele
some, pernas pra que te quero. Junta a família toda naquele piseito, e eu fico de longe, morrendo de rir, como se estivesse num circo.
Ninguém agüenta ficar perto da pequenina que só nos faz rir. Ela fala demais e fala até o que não deve, daquele jeitinho de criança dengosa.
Dias atrás a mais velha estava brincando de bater no bumbum da sua mãe com o cinto, teve um momento em que ela bateu forte e doeu, a tia ficou muito brava e deu-lhe um tapa na coxa. A menina saiu resmungando:
- Eu também não vou brincar mais não!
A caçula estava perto, observando, e resolveu imitar a maninha. Olhe só no que deu: ela chegava perto da tia e dizia:
- Bate em mim, mãe, bate!
A tia deu um tapinha de leve só para ver o que ia acontecer. E a pequena saiu dizendo:
- Eu também não vou bincá mais não!
Foi muito engraçado, e todos ficamos rindo da maneira da pequena agir.
Daiane
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