Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente, descansará. Sl. 91,1

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Histórias de vida - EMEF Irineu Antônio Dresch



Menina esperta

Nasci dia 30/04/96, quando nasci, minha mãe tinha 33 anos e meu pai 39. Eles se conhecem desde criança porque são primos.
Apaixonaram-se na adolescência, começaram a namorar escondido dos meus avós, depois assumiram o namoro e se casaram. Tiveram quatro filhos, eu  sou a quarta filha, eles queriam apenas três filhos, não planejavam ter mais um e sim de operar para não ter mais filhos, marcaram a cirurgia e uns dias antes da cirurgia, mamãe começou a sentir enjoo e quando foi ver ela estava grávida de mim.
Na gravidez, eu fui cuidada com todo carinho e mais ainda quando nasci. Quando era criança quem cuidava de mim era minha irmã, tanto que a chamava de mamãe, a minha mãe cuidava da casa e ela de mim, mas ela se casou, e foi morar perto da minha casa, eu ficava mais na casa dela do que na minha.
Quando meus dentes começaram a cair, eu não deixava ninguém ver e muito menos arrancar, só meu irmão mais velho. Eu brigava muito com meu irmão mais novo.
Fui à escola pela primeira vez com seis anos. Fiz o pré-escolar numa escola que tinha perto da minha casa, a professora se chamava Juliana. Com sete anos fui para a 1ª série com a professora Cida. Eu gostava muito dela, foi nesse ano que conheci minhas amigas que são como irmãs para mim, gosto muito delas. Estudei na escola Celso Augusto Rocco onde fazia muitas coisas legais, estudei lá até a 4ª série, no último dia de aula foi muito triste porque eu não queria sair de lá, acostumei com os alunos, professores, zeladora e cozinheiras.
Na 5ª série fui para a escola Silvio Michelluzi,  lá foi difícil para me acostumar com as novas amizades, professores...  nada era igual ao Celso Rocco, estudei naquela escola até o 8º ano, reprovei e vim para essa escola que estou até hoje.
Minha primeira menstruação foi assim: eu estava na casa de uma amiga e conversávamos muito sobre esse tema. Resolvemos ir ao mercado, fui à seção do pet shop e aquele cheiro de ração me enjoo muito, fui ao banheiro, pois estava passando mal. Sentia cólicas, mas não sabia por que. Nem passava pela minha cabeça que poderia ser a primeira menstruação.
Como estava passando mal, levaram-me à farmácia. Lá fui medicada e voltei para casa, conversei com minha mãe e ela perguntou o que eu estava sentindo, contei a ela que me explicou que era a menstruação, eu tinha 14 anos.
Dei o meu primeiro beijo ainda quando estudava na escola no Silvio Michelluzi, tinha 12 anos, minha amiga ficou insistindo para eu ficar com o garoto, enrolei muito para isso não acontecer, sentia medo e vergonha, mas foi inevitável e muito bom. Depois da primeira vez perdi o medo e a vergonha e comecei a namorar ele mesmo, Mateus é seu nome. Depois terminamos e conheci outras pessoas e tive outros namorados.
Hoje tenho 16 anos, sou muito feliz. Tenho um namorado que amo muito. Ele diz que também me ama. Sou muito feliz com ele, apesar das invejas, ciúmes e fofocas. Porém quando amamos nada e ninguém separa. Estamos namorando há dez meses, já terminamos duas ou três vezes por causa de ciúmes e fofocas, mas não conseguimos ficar nem um mês separados e voltamos.
Minha família quase toda já sabe que namoro, só faltam meus pais. Tenho  muitas inimigas, em compensação muitos amigos que considero irmãos. Saio quase todos os finais de semana com minha irmã ou minhas amigas. Eu fui e sou muito feliz por viver assim. 
V.R.


3 comentários:

  1. Parabéns pela história. Uma dica, é importante que seus pais saibam do seu namoro, pois eles são com certeza os mais interessados em sua felicidade.

    ResponderExcluir
  2. Gostei muito da história de vida da Jaqueline, bastante clara ao seu desenrolar, com inicio meio e fim. Más ouve um comentário que acabou roubando toda a atenção que foi: Detesto que me chamem por apelidos ou façam piadinhas de mal gosto a meu respeito, muitas pessoas não sabem, mas eu odeio que me chamem de pequenininha, nem que façam piadinhas por causa do meu tamanho, eu até dou risadas, mas não gosto, não gosto mesmo! Eu sou pequena, com muito orgulho, mas nem por isso gosto dos apelidos ou piadinhas que me fazem, odeio!

    Não conheço a Jaqueline, más se pudesse, diria a ela que levasse essas brincadeirinhas menos a sério, pois tudo se torna tão maravilhoso quando enxergamos nessas pequeníssimas dificuldades a superação para novas conquistas... e quando olhares para traz verá mais uma barreira que venceu em sua longa caminhada.... parabéns pelo texto gostei muito.

    ResponderExcluir
  3. Namorar é muito bom, mas sugiro que conte logo aos seus pais. Melhor saberem por você do que através de fofocas.

    ResponderExcluir

Seu comentário é muito importante para mim, então comente.
Obrigada.