Amor sem fim
A
história desse amor sem fim começa assim: meu pai, Gerônimo, é muito conhecido
como Gero e minha mãe, Josefa, como Neguinha. Eles se conheceram no velório da
minha prima em meio à dor e sofrimento.
Meu
pai foi vereador em uma cidade chamada São Domingos, localizada no interior do
estado de Sergipe, também nessa mesma cidade, meu pai foi eleito vice-prefeito,
até hoje tem um povoado que se chama José Benício Filho em homenagem ao meu
falecido avô.
Minha
mãe sonhava em se casar e ter filhos, ela se encantou por meu pai que já era
casado e ela não sabia, minha mãe tinha um namorado e meu pai também não sabia,
mas começaram um relacionamento.
Minha
mãe tinha o desejo de ser mãe e meu realizou seu desejo, tiveram a primeira
filha, deram a ela o nome de Geroalda, depois de 11 meses, nasceu Geroaldo,
depois de três anos veio a Gicelma, depois de dois anos eu nasci e recebi o
nome de, Gilmar.
A
minha infância nunca fui fácil, meu pai tinha duas famílias para sustentar e
por isso veio para Rondônia, em 1978, a fim de ganhar dinheiro para manter as
duas famílias, quando ele chegou aqui era tudo mato, tinha apenas uma pequena
estrada de terra. Quando precisava ir à cidade, andava quilômetros para chegar
ao destino final. Depois de dois anos nessa luta, meu pai resolveu voltar para
Sergipe para buscar sua segunda esposa que acabou por falecer aqui, depois de
quatro anos, meu pai fui buscar outra esposa que ele arrumara por lá e que acabou o traindo, depois de cinco anos meu
pai fui para Sergipe novamente para tratar de negócio e viu que estávamos passando necessidades e
resolveu nos trazer para Rondônia com ele para nos dar uma vida melhor.
Viemos
para Rondônia no dia 03/11/2000, no mesmo dia e mês em que nasci, aqui minha
mãe teve mais dois filhos: Jefferson e Jederson.
Meus
irmãos começaram a estudar com seis e sete anos de idade, mas eu comecei a
estudar com 11 anos, não porque meus pais não queriam, mas porque eu não
queria, só estudo porque meus pais sentem orgulho de mim.
Eu
sempre vi no rosto de meus pais a dor e o sofrimento, sempre tivemos uma vida
difícil. Como disse, minha infância nunca foi fácil, eu e meus irmãos tivemos
que trabalhar muito cedo porque a família era grande, acordávamos às 3h00 da
madrugada para ordenhar as vacas, depois tirar um tempo para buscar os tambores
para lavar. Trabalhamos muito e continuamos porque precisamos manter a família
numerosa e se Deus quiser, ainda terei um grande futuro pela frente.
Gilmar
Parabéns pela coragem de expor esses relacionamentos não comuns do seu pai. Confesso que não ficou muito claro quantas famílias ele teve, mas isso não vem ao caso. Boa sorte pra você e continue estudando.
ResponderExcluirCom certeza você terá um grande futuro. Tenha Fé e lute por ele. Boa sorte
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