Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente, descansará. Sl. 91,1

sexta-feira, 16 de abril de 2010

A DESTRUIÇÃO DA AMAZÔNIA

A DESTRUIÇÃO DA AMAZÔNIA

Já aconteceu uma vez. Da mata Atlântica, que cobria a costa brasileira do Rio Grande do Sul até o Ceará, só restam hoje entre 5% e 8%, na estimativa mais otimista. Agora, é a Amazônia que está sob ataque. Distantes dos centros mais desenvolvidos, a floresta Amazônica permaneceu quase intocada até trinta anos atrás. Nas três últimas décadas, suas árvores sofreram mais baixas do que nos quatro séculos anteriores. Não é um caso perdido. A Amazônia ainda está sob ocupação humana das mais ralas e há regiões com a dimensão de países europeus que continuam intactas. Ainda se pode viajar dez horas no rio Negro, um dos maiores da Amazônia, sem cruzar com mais de quatro ou cinco barcos e sem ver  movimentação nas margens, a não ser por uma dúzia de casebres solitários. Mas em regiões economicamente mais atraentes, lugares que já são ocupados por vilarejos e cidades, o ataque à floresta é brutal.
            Desde o fim dos anos 60, quando começou essa cruzada de extermínio, uma capa vegetal com área maior que a da França já desapareceu na Amazônia, pela ação do fogo e da motosserra. Não há registro de extinção de espécies animais na região. Mas as alterações do meio ambiente,  caça predatória e a pesca centralizadas nos peixes preferidos pela culinária local ameaçam um zoológico inteiro de desaparecer para sempre. Dezenas de mamíferos e répteis estão na lista das espécies em risco. O peixe-boi, um mamífero pacífico que atinge até 500 quilos com uma dieta de capim aquático, está ficando cada vez mais raro.  Onça e macacos figuram na lista, bem como algumas espécies de jacaré e tartaruga. Em breve, o pirarucu, maior peixe amazonense, pode fazer parte das espécies ameaçadas. Aos poucos, mas ininterruptamente, a Amazônia está sendo comida pelas queimadas, pelo furor das serrarias, pela poluição descontrolada dos garimpos e pela instalação de fazendas de gado em várzeas que funcionam como berçário de peixes. [...] Atualmente a floresta está desaparecendo ao ritmo aproximado de um território como o de Sergipe a cada ano e meio. A pergunta a se fazer é: por que e para quê?

(Revista Veja; Amazônia, 24 dez. 1998, p. 8. Número Especial)

Estudo do texto

1-      “Já aconteceu uma vez”. A que fato ocorrido se refere o autor?
2-      E que regiões a devastação é mais violenta?
3-      Quais são as duas maneiras mais empregadas para se destruir a flora amazônica?
4-      De acordo com o jornalista, quais são as três principais causas da destruição da fauna amazônica?
5-      “Aos poucos, mas ininterruptamente, a Amazônia está sendo comida...” Quais são, de acordo com o autor, os responsáveis por essa ação de comer?
6-      “Desde o fim dos anos 60, quando começou essa cruzada de extermínio...”
a-      Procure no dicionário os significados da palavra cruzada. Qual deles se aplica nesse texto?
b-      Qual era a característica dessa cruzada, ou seja, qual o seu objetivo?
7- “Nas três últimas décadas, suas árvores sofreram mais baixas do que nos quatro séculos anteriores.” Com que significado a palavra baixas está empregada na frase?

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